Archive for June, 2007

40

June 29, 2007

Como se chega aos 40 e ainda se consegue ser uma miúda gira?

Não sei.

A minha J. conseguiu.

Por causa disso, ofereci-lhe um lenço dos namorados, daqueles com bordados de Viana.

Hoje sou um trintão que anda com uma  quarentona.

Linda de morrer!

Já não há betos….

June 18, 2007

Por razões burocráticas (a loja do cidadão funciona bem, mas há sempre um senão…), tive de me deslocar à Praça de Alvalade onde, na ADSE, fui pedir o cartão europeu de saúde (que é bom ter sempre que se vai viajar uma vez que a assistência médica é prestada como se estivessemos no país de origem), porque vou para a Áustria passar uns dias com a minha filha (depois conto).

Saí da ADSE e comecei a subir a Av. de Roma. Esta avenida foi o meu mundo durante cerca de 10 anos. Andei na Eugénio dos Santos e no Liceu D. Leonor.

Já não passeava na Av. de Roma há uns bons anos. Fui espreitar a Sul América (muitas faltas dadas a tomar café), o Vá-Vá (mais faltas e muitos encontros para ir ao cinema ali no Quarteto), o Luanda (café horrível que fica ao lado de um supermercado que já não existe e onde cometi o meu primeiro furto).

Depois desci e vi que a Romeira continua no mesmo sítio, o Frutalmeida também e a Sinfonia que era (juntamente com a discoteca Roma) a loja onde comprava alguns discos.

Não vi betos. Talvez a hora não fosse a melhor, embora os betos, no meu tempo, estivessem sempre à vista na Av. de Roma.

É, com certeza, fruto da crise.

Apanhei o metro na Av. de Roma (estação remodelada) onde pude deliciar-me com os páineis de azulejo do Reneé Bertholo.

Senti saudades dos meus tempos de liceu….e lembrei-me do dia em que apanhei o metro na estação de Roma e tive um problema com um beijo. Foi o dia em que comecei a namorar com a minha cara metade, a J. .

Resumindo….

June 11, 2007

Gostei muito de Alcácer e consegui satisfazer a minha curiosidade. Era uma terra que eu gostava de conhecer, cheia de arroz, rio e casas bonitas.

Por ser pequena, vale a pena visitar. Nesta altura era impressionante a quantidade de cegonhas, nossas vizinhas, que inundam a paisagem com mil e um ninhos.

Uma nota final para a Pousada. Embora fã incondicional, achei o serviço fraco. Compensou a localização que tem a melhor vista da cidade por se situar lá em cima, onde exstiu um convento.

Curiosidade. Alcácer é a terra do brilhante judeu que foi Pedro Nunes e foi a sede da Ordem de Santiago, depois de reconquistada aos mouros por D. Afonso II.

Do sal porque era o sal (e peixe salgado) uma das maiores industrias daquela que só em finais do sec. XX foi elevada a cidade.

Parem por lá que vale bem a viagem.

Alcácer do Sal & Carvalhal

June 11, 2007

No sábado, ficámos na pousada até às 17h. Na piscina onde o Rato fez amizade com um miúdo que tinha uma família muito peculiar. O pai era grego, a mãe portuguesa e a irmã inglesa. Falavam português, mas entre eles, a lingua utilizada era, alternadamente, o francês e o inglês. Não sei porquê.

Passámos o final do dia no Carvalhal onde jantámos. A praia estava deserta e o final de dia soberbo.

O Carvalhal

June 11, 2007

Como não podia deixar de ser, fomos à praia. Saímos de Alcácer e rumámos ao Carvalhal, que fica a uns 30/35 km. Estrada boa, viagem perfeita.

O Carvalhal não tem piada nenhuma. O sítio propriamente dito. Para agravar a coisa, está tudo em obras (mega empreitada para levar saneamento básico aquele lugar, o que me assusta porque prevejo a preparação de mega-empreendimentos-como-no-pior-algarve) e a paisagem é deprimente.

Há uma imensa barreira de dunas que separa o Carvalhal do mar. Atravessada a barreira estamos numa das praias mais bonitas do litoral alentejano. Areal a perder de vista, a Arrábida a espreitar lá ao fundo, um belíssimo restaurante de praia que não serve só fritos e cornetos. Enfim, um colírio para os meus olhos.

Passámos o dia na praia (depois de comer choco, camarão frito e algumas imperiais), regressando a Alcácer onde fomos dar um mergulho na piscina da pousada.

Jantámos no Alpendre (mais peixinho grelhado) e recolhemos para dormir.

Adormeci, uma vez mais, como um bébé (coisa que não aconteceu ao meu filho que ficou a ver o Over the Edge).

Alcácer do Sal

June 11, 2007

Quando era pequeno, uma das lembranças mais vivas da (interminável) viagem para Tavira, era Alcácer e a sua ponte de ferro, logo a seguir a uma rotunda. Depois a recta até Grândola.

Lá íamos nós no Ford Escort amarelo torrado (sem cintos de segurança, que esta moda é nova), debaixo de um calor insuportável (ar condicionado nem pensar) a chatear a cabeça da minha mãe. Eu e o meu irmão nas laterais e a minha irmã ao meio, tudo no banco de trás.

Não me lembro de alguma vez ter parado em Alcácer. Lembro-me de me ter ficado essa vontade, só agora concretizada.

Alcácer é uma cidade linda de morrer. Lembra-me Tavira e Mértola. Tavira porque tem ainda um centro histórico relativamente intacto. Mértola porque a cor do Sado é igual à do Guadiana e a cidade desenvolve-se num sobe e desce.

Chegámos na quinta, abancámos na pousada (com uma vista magnífica) e, depois de uns banhos na piscina, fomos à cidade comer caracóis (eu e os miúdos porque a J. comeu uma sandwich de qualquer coisa).

O fim de tarde na marginal é lindo e a rua paralela à marginal (interior) é parecida com uma rua de Tavira. Jantámos no Alpendre (restaurante ali para os lados da Câmara) onde comemos muito bem. O começo da refeição não correu bem. A menina estava cansada, mas depressa ficou nossa “amiga”.

Deitei-me e adormeci logo. Estava exausto.

A morte também faz parte da (nossa) vida

June 6, 2007

É verdade.

Morreu um Homem bom.

Ficámos todos mais pobres.

Deixa muita saudade.

Em Tavira, este Verão, vou sentir a tua falta quando for ao mercado comprar peixe.

Um abraço de todos aqui para ti, Roberto.

Brothers & Sisters

June 4, 2007

Há uma série que me viciou e que se chama Brothers & Sisters. Passa sexta-feira na 2 (a única televisão que se pode ver).

É a história de uma família disfuncional, qb, e da realção entre os irmãos, todos diferentes, uns mais interessantes que outros.

Pois é. No fim de semana tive o meu momento Brothers & Sisters. Fomos passar o dia à Ericeira, em casa dos meus pais, e lá estámos todos.

Foi muito divertido e as semelhanças são muitas.

Ficamos sempre mais pequenos quando estamos juntos com os nossos pais.

É pena não o fazermos mais vezes.

É uma chatice ser crescido.

Dia da Criança

June 1, 2007

….serve para dar beijos aos meus filhos, comprar gelados e pizzas e esparramar na sala com eles a ver o Wallace & Gromit.

Um bom homem é difícil de encontrar

June 1, 2007

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Cada vez mais fascinado pela literatura americana contemporânea, estou a ler este livro de contos que é um verdadeiro achado.

Esta escritora, que viveu fechada numa casa durante boa parte da sua vida e que morreu nova, demonstra uma criatividade fora do vulgar. Chamava-se Flannery O’Connor

Os contos são magníficos e revelam uma experiência de vida que não tem (aparentemente) paralelo com as vivências da autora.

Depois há o sul da América que sempre me fascinou. Como nos livros do Faulkner, um sul com personagens ricas, cheias de contradições e de vida.

Aqui não há bons nem maus. A maldade e as boas intenções andam de mãos dadas.

E não há contemplações. Nem desculpas.

As coisas aqui são como são.

A não perder.