I – Na quarta-feira estive numa reunião na antiga escola dos meus filhos para decidir algumas questões que se colocavam.
Uma delas tinha que ver com os horários. Algumas educadoras entendem que são os horários que se devem adequar às disponibilidades pessoais de cada uma e não o inverso.
Sem querer ser reacionário (às vezes sinto-me um bocadinho), respondi aquilo que me pareceu ser elementar num caso como este: as senhoras são trabalhadoras da escola que tem uma direcção que determina os horários a cumprir, dentro daquilo que é a lei laboral.
Qualquer dia temos de pedir desculpa por pagar os salários a tempo e horas.
II – Leio, na quinta, que uma Juiz na Alemanha, recusa um pedido de divórcio (ou separação, não percebi bem) a uma marroquina naturalizada alemã. A marroquina alega e prova que o marido usa e abusa da violência física.
A Juiz indefere o pedido justificando com a aplicação dos príncipio do Corão onde, na opinião da magistrada, o marido tem o direito de punir a mulher desobediente.
Esta aparente generosidade e tolerância com as demais culturas é falsa, perversa e indigna.
Primiero porque, segundo os entendidos, o Corão não dá essa indicação. A comunidade islâmica da Alemanha ficou revoltada com semelhante aberração jurídica.
Neste sentido, a decisão é um atestado de minoridade passado a uma cultura que deve ser respeitada: tipo, eles, coitadinhos são uns bárbaros, mas entendem-se bem assim.
Depois porque ser islâmico ou judeu ou católico ou budista, deve ser indiferente para um país que é laico e que deve aplicar as suas leis.
Uma maluca, portanto.
III- O Vasco Pulido Valente a defender o Portas é qualquer coisa que só pode mesmo vir do Pulido Valente.
Gosto muito de ler o que ele escreve sobre o país, o mundo e o seu próprio umbigo, mas a crónica de hoje é de um nível de fazer chorar as pedras. Estive mesmo tentado a chorar, tão ardente era a defesa.
Mas não tinha lágrimas.